GOOGLE MAPS

The Google map on my phone
led me to my daughter, and her two
little ones. It was like that star
that brought the three boyos
to the baby in Bethlehem. Yeah!
Without it we would have been lost
like wanderers in the desert, with wolves
slinking after them in the moonlight.
And speaking of the moon, that fellow
was up there, thin as fingernail clipping
(ten of which I produced yesterday)
and his pet bright star was beneath him
like a loyal cocker spaniel, whose
one eye shines out into the night.
I feel I've near visited the moon, as I
chatted with a man who's been there.
And if I wanted to retrace his steps
Google Maps would lead me
unerringly to the Sea of Tranquillity
or to the nightclubs of the dark side.

///

MAPAS GOOGLE

O mapa Google no telemóvel
levou-me à minha filha, e seus dois
filhotes. Tal como a estrela
que conduziu os três magos
ao bebé de Belém. Ye!
Sem ela estaríamos perdidos
como vagabundos no deserto, com lobos
a esgueirarem-se atrás de nós ao luar.
Por falar na lua, esse camarada
estava lá no alto, magro como aparas de unhas
(dez das quais cortei ontem)
e por debaixo a sua brilhante estrela de estimação
como um leal cocker spaniel, cujo
único olho brilha na noite.
Senti-me quase a visitar a lua, quando
falei com um homem que esteve lá.
Se quisesse seguir os seus passos
os Mapas Google infalivelmente
conduzir-me-iam ao Mar da Tranquilidade
ou às discotecas do lado oculto da lua.

by Matthew SWEENEY (b. 1951), Irish poet, in "THE POETRY REVIEW", Volume 107:3, Autumn 2017

(Portuguese translated by Armando TABORDA, 2018)